quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Série Energia: Energia Solar

A fonte mais abundante de energia para o planeta Terra é o Sol. É a mais simples e menos perigosa energia que a humanidade pode utilizar para o aquecimento e para a produção de eletricidade. Imagine só, todos os dias o mundo deixa de aproveitar uma quantidade fantástica de energia solar... quanto desperdício!

Ela está sendo utilizada em vários países, principalmente nos mais ricos e desenvolvidos, visto que já possuem tecnologia para o seu pleno uso e, é claro, mais recursos financeiros para bancar a instalação e manutenção.


O grande problema do aproveitamento dessa fonte de energia é a maneira como armazená-la. A tecnologia para as baterias solares ainda necessita de avanços e é muito cara.

No Brasil, a energia solar é mais utilizada para o aquecimento de água. É comum, principalmente nas grandes cidades, a presença de placas fotovoltaicas no telhado das casas e edifícios com o objetivo justamente de aquecimento da água dos chuveiros, torneiras, etc...




Belo Horizonte (MG) é uma das cidades que se destacam, com grande uso nas residências. O estado de Santa Catarina também merece destaque.

A energia solar tem, portanto, suas vantagens: é muito simples na obtenção; é considerada limpa, já que não há emissão de poluentes; é um recurso natural renovável.

Por outro lado, tem suas desvantagens: é relativamente cara para a instalação (custo elevado); apresenta dificuldade de armazenamento, dado ao pequeno desenvolvimento da tecnologia das baterias; dias nublados dificultam a captação.

domingo, 22 de novembro de 2009

Série Energia: Energia eólica

É a energia proveniente do vento (do ar em movimento). Já na Antiguidade o homem utilizava o vento como fonte energética, através dos moinhos de vento. Esses moinhos foram usados, dentre outras coisas, para bombear água para irrigação.


O sistema da usina eólica é simples. O movimento dos ventos é captado por pás de hélices gigantes que, ligadas a uma turbina, acionam um gerador elétrico.


É considerada a fonte energética que mais cresce atualmente no mundo (cresce cerca de 30% ao ano). Destaca-se como a principal potência eólica a Alemanha.


Algumas vantagens para o uso do vento para a geração de energia: grande potencial; não emite gases poluentes (é limpa); recurso natural renovável.


Como desvantagens pode-se citar: necessita de grandes investimentos, já que é cara; os ventos não são constantes, o que dificulta a produção; poluição sonora (o barulho é muito grande. +- 50 decibéis. O ouvido humano tem a capacidade de agüentar algo em torno de 40 decibéis); Deve ser implantada longe de áreas urbanas por causa desse barulho;


No Brasil, a produção é pequena, mesmo havendo um bom potencial, principalmente na região Nordeste. Em Minas Gerais, o primeiro local a se produzir foi na cidade Gouveia, com recursos da CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais), no alto da Serra do Espinhaço.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Série Energia: Carvão mineral - definições e produção no Brasil

O carvão mineral é um combustível fóssil natural extraído do solo por processos de mineração.
É um mineral de cor preta ou marrom prontamente combustível usado em alguns países para a geração de energia elétrica, aquecimento de alto-fornos de indústrias, etc....


Produção no Brasil

Brasil apresenta uma pequena reserva, localizada na região Sul, no chamado “S do carvão”. Essa área faz parte da Bacia Sedimentar do Paraná. A maior produção está em Santa Catarina (Criciúma – Lauro Muller – Siderópolis) e no Rio Grande do Sul (Bagé – Hulha Negra). No entanto, é uma produção pequena e o carvão possui qualidade ruim : devido à impurezas, cinzas, alta umidade, o que não é bom para as siderurgias. Sendo assim, o Brasil importa carvão mineral de melhor qualidade, principalmente as indústrias siderúrgicas mais modernas. Algumas, porém, misturam o carvão brasileiro ao importado no processo de produção do ferro e do aço

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Série Energia: Petróleo - definições e produção no Brasil

Combustível fóssil, líquido, formado a partir da deposição de material orgânico marinho (plânctons – microorganismos que vivem em suspensão nas águas); Obs: não é encontrado somente em áreas marinhas. Áreas continentais que já foram encobertas pela água do mar também podem apresentar o petróleo;

Importante combustível a partir do século XIX; É o mais utilizado atualmente; Dele se extraem vários subprodutos: gasolina, óleo diesel, querosene, gás de cozinha (GLP), asfalto, produtos químicos para a fabricação de plásticos e tintas.

Maiores áreas de exploração no mundo: Oriente Médio (+ de 50%, em países como Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes), EUA, Venezuela, África (Gabão, Nigéria Argélia, Líbia);

Os maiores países exportadores de petróleo formaram, no ano de 1960, a OPEP- Organização dos países exportadores de petróleo.

Objetivo: estabelecimento de cotas e preços mínimos no comércio do petróleo nos mercados mundiais;

Membros: Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Catar, Bahreim, Emirados Árabes (Oriente Médio), Venezuela (América do Sul), Indonésia (Sudeste da Ásia), Gabão, Nigéria, Argélia e Líbia (África).
Produção no Brasil


O Brasil apresenta uma produção concentrada junto ao litoral:
RJ (Bacia de Campos); SP (Bacia de Santos); BA (Bacia do Recôncavo); RN (Bacia Potiguar); AL/ SE/ CE

Nosso país conseguiu em 2006/2007 passar a ser atendido em 100 % por reservas próprias, principalmente de sua Bacia de Campos. Isso deveu-se à entrada em operação da plataforma P-50, que passou a processar 200 mil barris por dia.

Recentemente foi descoberta uma enorme área com petróleo localizada entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo. É o que se denomina Pré-sal, pois está localizada por baixo de uma extensa camada de sal. Veja o desenho abaixo:


Há mais de 6 mil metros foi encontrada essa reserva de petróleo, o que pode representar um grande avanço para o Brasil. Resta, no entanto, pesar os “prós e os contras” sobre essa questão. De um lado, sabe-se que a queima do petróleo e seus derivados provoca enormes problemas ambientais. Do outro lado, está o lucro que pode ser gerado com a exploração dessas reservas. O que vai pesar mais, o lado econômico ou o lado ambiental? É o que veremos....

domingo, 8 de novembro de 2009

Série Energia: O Petróleo está em toda parte?!

Pare onde está. Olhe ao redor. Você não vai enxergar um líquido negro jorrando do chão. Mas pode ter certeza de que o petróleo está na sua frente. Está em fórmulas diversas que deram origem à tinta do jornal ou das paredes, ao plástico do computador ou às fibras que estão em sua roupa. O petróleo é a matéria prima presente em todos os cenários da vida moderna. Ele está em todos os cômodos de sua casa, nas escolas, nos ambientes de trabalho, nas ruas e até no céu, como o querosene que abastece os aviões ou o náilon colorido dos paraquedas. Está na boca de todos, seja nos batons das mulheres, na parafina dos chocolates ou nos chicletes mascados por crianças e adultos. Está no chão, no asfalto. Nos eletrodomésticos, nos brinquedos, na fralda descartável, em cosméticos, em detergentes, nas sacolinhas do supermercado, nos pneus, na prótese dentária. O petróleo é o componente básico de mais de 6 mil produtos. A vida que se conhece hoje não seria a mesma sem ele.

É por essa riqueza escondida no dia a dia das pessoas que a descoberta de jazidas é vista como tão importante. Não é por acaso que são cobiçadas e desejadas por todos os países. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, observa que as pessoas tendem a associar o petróleo apenas a comobustíveis, como óleo diesel e gasolina. Mas não é só isso. “É um recurso mineral formado por diversos compostos. Pelo refino se transforma em matéria prima para vários produtos, como tintas, ceras, resinas, pneus, fósforos, borracha, chicletes, filmes fotográficos e fertilizantes. O plástico também tem petróleo e está em todo lugar. É um bem essencial, presente em todos os setores da vida dos cidadãos, pela vida afora”, afirma. Mas alerta: “É um bem finito e que pode acabar em mais uma ou duas gerações”. Isso, levando-se em conta o consumo atual.

(...) “É difícil imaginar a vida de hoje sem os derivados de petróleo”, afirma o professor de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Valmir Fascio Juliano, que participa da coordenação do Laboratório de Ensaio de combustíveis. Vários produtos passam por transformações intensas, mas no fundo têm petróleo.

(...) De acordo com a Petrobrás, todo petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, composta de diversos tipos de moléculas formadas por átomos de hidrogênio e carbono e, em menor parte, de oxigênio, nitrogênio e enxofre, combinados de forma infinitamente variável. Daí, os diversos tipos de petróleo encontrados na natureza e os diversos produtos que dele podem ser obtidos. Ao quebrar essa combinação de moléculas, o processo de refino separa o que a natureza levou milhões de anos para juntar, fracionando o petróleo para transformá-lo em derivados.

É a partir daí que o petróleo entra diretamente na vida de todos os consumidores do mundo, inclusive daqueles que andam a pé.



Fonte: Adaptado de Estado de Minas, Caderno Especial Pré Sal, 30/09/09
Autora: Graziela Reis

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Série Energia: fontes renováveis e não renováveis

As fontes de energia classificam-se em duas categorias principais:

- Renováveis
- Não-renováveis.

As fontes renováveis são as que nunca se esgotam porque podem ser obtidas a partir de recursos naturais considerados inesgotáveis (energia hidrelétrica, solar, eólica, biomassa e outras).

Já o petróleo, o carvão mineral, o gás natural, o urânio, dentre outros, são fontes de energia não-renováveis, porque são constituídos por recursos que existem em quantidade limitada no planeta e tendem a esgotar-se.

Portanto, as fontes de energia não-renováveis apresentam o problema de se esgotarem completamente daqui a algumas décadas ou séculos (conforme o caso). Além disso, normalmente elas provocam maior poluição que as fontes renováveis. Os combustíveis fósseis, tais como o petróleo e o carvão, são os mais poluentes de todos, tendo uma grande parte da responsabilidade pela poluição da atmosfera (emissão de CO2 – gás carbônico), dos solos, da água. E o urânio, pelo seu uso nas usinas nucleares, é a fonte de energia que oferece maior risco d
e catástrofes por acidentes.

As fontes renováveis, além de não se esgotarem, apresentam menores problemas de poluição. Os problemas são menores, mas existem.













Exemplos de fontes renováveis: solar, eólica, hidreletricidade

Exemplo de fonte não renovável: petróleo

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Série Energia : A evolução das fontes de energia ao longo da história humana

Energia é algo que tem a capacidade de realizar trabalho. Assim, utiliza-se energia para levantar um peso, para movimentar um veículo, para ferver a água, para a iluminação, para digitar esse texto, enfim...


Mas, como se deu a evolução das fontes de energia ao longo da história humana?


Tudo começou quando os seres humanos ainda moravam em cavernas. Nessa época, as formas de energia mais usadas eram a força muscular e o calor do fogo. Após esse período, há cerca de 8.000 anos, quando os animais foram domesticados passou-se a usar a força muscular animal para desenvolver tarefas cotidianas, como arar a terra e transportar peso. Dessa forma, o trabalho passou a render mais em um mesmo tempo.











Ao longo da segunda metade do século 18, houve a invenção das máquinas a vapor, originando as primeiras fábricas. Tal fato foi o pontapé inicial para variadas transformações socioculturais e econômicas que se sucederam e culminaram com a chamada Revolução Industrial.



Durante a Primeira Revolução Industrial, outra fonte de energia passou a ser utilizada, o carvão mineral. Altamente poluente esse elemento passou a ser um problema para o meio ambiente, mesmo que na época poucos se importassem com tal situação.

Já no contexto da Segunda Revolução Industrial (no final do século 19) foram criados os motores elétricos (que funcionam a partir da eletricidade) e os motores de explosão (que funcionam, basicamente, a partir de derivados do petróleo, como a gasolina). Além do uso doméstico e nas fábricas, esses novos motores aceleraram o desenvolvimento dos transportes, o que resultou em aumento da velocidade e da capacidade de transporte. Por outro lado, o uso do petróleo acelerou ainda mais alguns problemas ambientais, notadamente a poluição do ar.

















Atualmente, as pesquisas sobre novas fontes de energia, mais limpas e que não poluem tanto, empregam milhões de dólares todos os anos. Destacam-se como fontes promissoras, a energia solar (sol), eólica (vento), biomassa e o hidrogênio.



Série Energia

Pessoal, começo hoje a escrever diversas postagens sobre as fontes de energia, com ênfase no Brasil.
Portanto, nos próximos dias acompanhem a Série Energia aqui no blog. Começo hoje com um texto que mostra a evolução do uso das fontes de energia pelo ser humano ao longo do tempo. Boa leitura!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Uma reflexão sobre a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016

A década de 2010 será a década do esporte para o Brasil. Será? Vejamos: em 2014 ocorrerá o maior evento futebolístico mundial – a Copa – e dois anos mais tarde (2016) o maior evento esportivo – as Olimpíadas. O país aproveitará essa oportunidade para trazer investimentos em infra-estrutura e, acima de tudo, para o esporte nacional? É uma boa questão para ser debatida...
A Copa de 2014 terá como cidades-sede: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo (veja no mapa abaixo). Estádios serão construídos, outros reformados, enfim, melhorias deverão ser sentidas em relação a esse fato.

Fonte do mapa: globoesporte.com

Mas, as cidades estarão preparadas para receber pessoas de todas as partes do mundo? Como estarão os sistemas de transporte, hotelaria e recursos humanos dessas sedes?
Na maioria dos casos há uma enorme necessidade de investimentos em todas essas áreas, sobretudo no que se refere à mobilidade urbana (palavras da moda, em tempos de Copa). Haverá tempo para tais investimentos? Eles realmente trarão retorno para a sociedade como um todo, principalmente os moradores desses municípios? É o que se espera, sem dúvida nenhuma.
Já as Olimpíadas de 2016 se realizarão na cidade do Rio de Janeiro. Os cariocas já haviam se candidatado para serem sede das Olimpíadas de 2012, mas perderam. Dessa vez deu tudo certo. Concorrendo com cidades de peso, como Chicago (EUA), Tóquio (Japão) e Madri (Espanha), a cidade do Rio de Janeiro foi anunciada como sede no dia 02 de outubro de 2009.
Como ficarão os problemas da cidade? A questão da violência, o caótico transporte, o sistema hoteleiro? Enfim, realmente a cidade irá conseguir fazer o maior evento esportivo do mundo sem problemas mais sérios?
É verdade que houve mérito na realização dos Jogos Panamericanos de 2007, principalmente no que se refere às instalações esportivas. Por outro lado, surgiram denúncias sérias relacionadas à questão financeira, incluindo desvio de verbas e superfaturamento de produtos. O que irá prevalecer nos Jogos Olímpicos?
Um outro fato chama a atenção com relação aos dois eventos esportivos. É a força do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Tenho várias críticas direcionadas ao seu governo, principalmente ligadas aos atos de corrupção, apoio político a pessoas no mínimo controversas – vide caso José Sarney – , enfim. Mas é fato que Lula conseguiu, com o apoio de outras figuras, é claro, trazer para nosso país dois eventos esportivos mundiais de grande vulto. Não há como negar – pelo menos em parte – a influência da figura do presidente.
Resta, portanto, acreditar que tudo transcorrerá da melhor maneira possível e que as benesses sejam maiores do que os possíveis transtornos e problemas.



Abaixo, uma visão irônica sobre a questão da Copa do Mundo no Brasil: uma charge de Duke.


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Chuvas: destruição e morte em Minas Gerais

Em Minas Gerais o final do ano de 2008 e o início de 2009 foram marcados por muita destruição e morte. A principal causa para tais transtornos aparentemente está na imensa quantidade de chuva que caiu sobre o estado nesse período. No entanto, aliados a tal causa estão outros problemas que serão expostos logo a seguir. Antes, porém, um balanço do número de cidades e regiões atingidas, além das vítimas fatais.

Até o momento de escrita dessa postagem, pouco mais de duas dezenas de pessoas perderam a vida em decorrência da chuva, seja a partir do desmoronamento de residências localizadas em área de risco ou arrastadas pelas enxurradas.

Pelo menos 55 municípios mineiros decretaram situação de emergência devido às fortes chuvas e outros 39 comunicaram ocorrências ligadas às chuvas. As principais regiões atingidas foram a Zona da Mata, o Centro-Oeste e a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Municípios como Brumadinho (na RMBH), Muriaé e Ponte Nova (na Zona da Mata) e Divinópolis (no Centro-Oeste) contabilizaram perdas irreparáveis, seja em termos de vidas ou em relação aos recursos materiais. Prejuízos incalculáveis tanto na zona urbana quanto na rural.



Enchente em Ponte Nova - dezembro de 2008



Enchente em Brumadinho - dezembro de 2008


Em Belo Horizonte, na virada do ano, vários moradores não tiveram o que comemorar. Pelo contrário! O ribeirão Arrudas transbordou e alagou diversas casas e estabelecimentos comerciais nas regiões Oeste e Barreiro. Detalhe, no trecho da porção oeste do município o curso d´água não transbordava a cerca de 30 anos...


Enchente do ribeirão Arrudas em Belo Horizonte - 31/12/12 - 01/01/2009




Resultado da enchente em Belo Horizonte (1)


Resultado da enchente em Belo Horizonte (2)


Mas, o que está por trás de todas essas tragédias? A culpa é apenas e tão somente da grande precipitação, do enorme volume de água? Na verdade, não. Aliado a esse fato estão a falta de educação ambiental e atividades econômicas desenvolvidas de maneira equivocada.

Ao longo dos diversos cursos d´água que transbordaram vivem pessoas que, muitas vezes desinformadas, acabam jogando lixo e mais lixo nesses leitos. O resultado disso é que diminui a vazão dos rios e, conseqüentemente, quando as chuvas mais intensas ocorrem há o extravasamento de água para as laterais, atingindo as construções e vias de transporte.

As áreas que servem para escoamento das águas pluviais também sofrem com esse problema. Os bueiros, muitas vezes cheios de lixo jogado pela população, acabam não exercendo com eficácia o seu principal objetivo que é justamente escoar as águas das chuvas.

Esses dois exemplos retratam que, infelizmente, falta à população em geral a chamada educação ambiental. Não apenas no ensino formal deve-se aprofundar tal estudo, mas também fora da escola regular, afim de que seja estendida ao maior número de indivíduos.

Outro fato que está por trás de todas essas tragédias que abalaram os mineiros é o desenvolvimento de certas atividades econômicas de forma inadequada (sem levar em conta os princípios da legislação ambiental brasileira). Na RMBH e Zona da Mata mineira desenvolve-se uma pujante atividade de extração mineral. O resultado é que, em diversos locais, os cursos d´água acabam sendo assoreados pelos resíduos dessa extração. Em outras palavras, os rios, ribeirões e córregos ficam mais rasos, o que, combinado com as chuvas mais fortes acabam provocando inundações e, conseqüentemente, mortes e destruição. Foi o que ocorreu, por exemplo, em Brumadinho, Muriaé e Ponte Nova.

Portanto, não está apenas no grande índice pluviométrico a causa da tragédia em Minas Gerais na passagem do ano de 2008 para 2009. Está sim na combinação desse fator com a incipiente educação ambiental voltada à população e o desenvolvimento de atividades econômicas sem consonância com os princípios da legislação ambiental. Sem falar na falta de fiscalização por parte do poder público no que tange às construções em áreas de risco de desabamento e deslizamento. Todos esses fatores agravaram, sem dúvida, a tragédia.